Além do Nexus Startide
De Dirk Wehner. Original aqui.
"Não... Isso não pode estar certo. Pode reproduzir novamente, por favor?"
A ponte de comando da belonave Estrela Cintilante estava mal iluminada; a maioria de sua tripulação estava de folga, e apenas dois T'au se reuniam diante do projetor holográfico discretamente instalado em um painel branco. Uma delas se chamava O'yeldi'nar - ou Silverwing, como seus subordinados conheciam-na. A outra, que tinha por nome Por'ui'vas'ka, e era sua oficial de comunicações, assentiu com a cabeça e ativou os controles dos terminais de comunicação para reproduzir a mensagem recuperada de um drone interestelar perdido.
A Comandante Shadowsun surgiu novamente, translúcida, e pareceu falar-lhes diretamente, embora o fizesse a um drone mensageiro. Parecia cansada, e sua voz traía sua confiança costumeira.
"Aqui é O'Shaserra. Espero que esta mensagem chegue a tempo de alertar-vos. É hora de agir. Atravessamos o Nexus Startide e estabelecemos contato com nossos irmãos e irmãs perdidos da Quarta Esfera. Como suspeitávamos, eles tiveram falhas em seus módulos de Transmissão AL-38, mas... não entendemos o que aconteceu exatamente. Anexei as gravações dos drones de vigilância; boa parte do material está corrompido, mas o que não está... vejam vocês mesmos".
O então holograma mostrou imagens de uma nave T'au; apesar de já ter visto a mensagem, O'yeldi'nar engoliu seco e desviou o olhar por um momento. Não queria ver os corpos mutilados dos colonizadores, o sangue espalhado pelas paredes, ou o terror em seus olhos...
"Estes bravos colonizadores entraram no buraco de minhoca do Startide em busca de novos mundos, para espalhar as lições do Bem Maior" - prosseguiu Shadowsun, voltando a aparecer no holograma - "mas só encontraram a morte. Os poucos sobreviventes... mudaram. Assim que avistaram nossas tropas auxiliares, reagiram com animosidade. Não são mais os mesmos. As investigações continuam, mas nenhum dos sobreviventes da Quarta Esfera quer falar sobre o assunto".
A comandante parou por um segundo, ouvindo palavras indiscerníveis vindas de fora do campo de visão. Ela assentiu com a cabeça antes de prosseguir.
"Devo me apressar. Apesar dos eventos traumáticos sofridos por nossos irmãos e irmãs da Quarta Esfera, assim que nos reunimos começamos a Expansão da Quinta Esfera. Rapidamente estabelecemos novas colônias nos mundos que libertamos da opressão de Be'gel, Gue'la e Y'he. Porém, toda as vezes que enfrentamos os Gue'la, os sobreviventes cometiam atrocidades desnecessárias. Era... problemático. Infelizmente, as investigações sobre a causa de tais ações precisaram esperar. Fomos atacados por um novo inimigo; parece pertencer aos Gue'la, mas diferente de tudo que já encontramos". A expressão da famosa comandante T'au mostrou assombro. "Eles se denominam "Death Guard", e descobrimos da pior forma a razão do título".
O holograma então mostrou um grupo de guerreiros em armaduras pesadas, avançando através do miasma. Não eram muito diferentes dos Gue'ron'sha - os Space Marines - mas eram corpulentos e repulsivos. Abriram fogo com seus bolters primitivos, atingindo um grupo de Gue'vesa, e cada disparo soava... úmido. Incansavelmente, os guerreiros continuaram marchando, esmagando os corpos com seus pés mutantes.
"O Imperium pode ignorar os ensinamentos do Bem Maior, e podem agir como bárbaros, mas estes humanos não são parte dele. São coisa pior. Movidos pela ânsia pelo poder que amaldiçoa toda sua espécie, eles fizeram uma aliança terrível".
O holograma mostrou uma bolha de carne apodrecida com um rosto sorridente e chifres retorcidos. A qualidade da imagem caíra. A criatura golpeou com uma lâmina enferrujada, cortando um Crisis Battlesuit pela metade. Outro Shas'ui o atacou com seus canhões, rompendo a pele da criatura, apenas para revelar uma horda de bestas menores, que escaparam e avançaram para envolver completamente o guerreiro, que gritou. O grito do Shas'ui não pareceu vir dos auto-falantes, mas ecoar por toda a ponte de comando; as luzes piscaram e o holograma desapareceu por um momento.
O grito pareceu continuar por mais algum tempo.
O'yeldi'nar e Ui'vas'ka se entreolharam, em silêncio. O mesmo acontecera quando assistiram a mensagem pela primeira vez, mas os gritos dos mortos soaram diferente desta vez. Pareciam... próximos. Nenhuma delas entendeu, não que procurassem fazê-lo.
Pouco depois, o holograma voltou a funcionar como se nada tivesse ocorrido. Mostrava uma nebulosa avermelhada, perdida entre as estrelas.
O'yeldi'nar podia ver uma nebulosa parecida além da cúpula reforçada e dos escudos iônicos da ponte de comando da Estrela Cintilante. Parecida, mas distante de onde a mensagem fora gravada - no Nexus Startide -, e a frota da Comandante Silverwing fazia parte da guarnição da Zona de Silêncio localizada bem no lado oposto. Considerando tudo que sabiam sobre o Nexus, a comandante imaginou como o drone mensageiro sobrevivera a travessia.
O holograma passou mostrar uma frota T'au, sobrevivente de vários confrontos, a julgar por seus danos e reparos improvisados.
"Não há negociação com estes Gue'la", continuou Shadowsun. "Tampouco com o resto de sua estirpe. Da mesma forma que os Gue'la do Imperium idolatram seu Imperador, estes monstros alienígenas passaram a adorar uma entidade que chamam Nurg'hel. Parece que foram vítimas de tantas doenças que desenvolveram uma bizarra resistência a todas elas, tornando-se vetores que devem ser detidos a qualquer custo".
"Nurg'hel", sussurrou Ui'vas'ka, e as luzes da ponte de comando começaram a oscilar. Sua comandante tentou ignorar.
"Nos últimos três vek'tar, nossas tropas enfrentaram este terrível inimigo diversas vezes", continuou Shadowsun. "Os guerreiros da Death Guard nos atacaram em vários frontes. São extremamente resistentes. Estamos em menor número, e sem armas adequadas".
O'yeldi'nar meneou a cabeça enquanto assistia a mensagem. Impossível. Aquilo era o reconhecimento de um inimigo superior. "Espero que esta mensagem chegue a tempo de alertar-vos"... foram as primeiras palavras de Shadowsun.
Um alerta.
"Diante disso", prosseguiu a lendária comandante. "tomei uma decisão. Não podemos deter a Death Guard deste lado do Nexus Startide. Após dezenas de batalhas, nossa frota está muito debilitada. Nossas forças se exauriram a ponto de não podermos mais deter esta ofensiva se ainda quisermos garantir a expansão do Atol Nem'yar. Fomos forçados a escolher, e escolhemos a última. Confiamos em vós, camaradas além do Nexus, para confrontar a ameaça Death Guard.
Com tais palavras, o holograma mudou para mostrar uma visão externa. Diante das profundezas do Nexus, a frota de belonaves T'au era abordada por uma armada de transportes rudimentares. Mesmo para os padrões humanos, as naves pareciam primitivas e obsoletas, mas isso não era o mais perturbador; pior do que isso eram as profusões de carne que envolviam as naves, e seus tumores esguichando substâncias purulentas pelo espaço. Grandes olhos, do tamanho de cápsulas Orca observavam tranquilamente as naves T'au cada vez mais próximas; e enormes tentáculos moviam-se como algas marinhas sob a ação das marés. O mais perturbador, entretanto, era o tamanho da frota, ultrapassando absurdamente os T'au.
"Enquanto gravo esta mensagem", disse Shadowsun, "estamos prestes a uma ofensiva final contra a maior frota inimiga". A comandante parou e checou uma série de telas. "As chances são ínfimas, mas causaremos o máximo de dano antes de rair. Irei ajudar-vos desta forma, mas não posso pôr em risco a continuidade de minha própria campanha. Mesmo agora, corro grande risto, mas é pelo Bem Maior. Mostro o que enfrentamos. O que ireis enfrentar. Pode ir contra os ensinamentos de Puretide intervir mais uma vez, mas é o mínimo que podemos-"
O holograma piscou rapidamente, e a imagem de Shadowsun ficou fora de foco. "Relatório de danos".
"Geradores de escudo comprometidos", respondeu uma voz artificial.
"Perdemos Temporal Negro e Marfim", disse outra voz.
Shadowsun fechou os os olhos por um momento, antes de retomar a gravação.
"Tenho menos tempo do que imaginava. Temos certeza de que a Death Guard vai atravessar o Nexus. Tentaremos atrasá-los o máximo possível, conquanto não podemos detê-los".
O holograma oscilou novamente, quando a nave de Shadowsun foi atingida. O'yeldi'nar perguntou-se se a comandante sobrevivera ao conflito, ou se aquelas eram suas últimas palavras.
"Espero que este drone chegue inteiro à Zona de Silêncio. E que possamos deter o inimigo tempo suficiente para que vos prepareis".
"Ataque das Marés e Serva do Zéfiro foram abordadas", reportou outra voz. "Coração da Lua informa sobre os impactos de algum tipo de... Coração da Lua, repita, por favor... algum tipo de raio de muco energizado. Vários setores da nave sofreram corrosão".
Shadowsun assentiu com a cabeça. "Coração da Lua, recuar. Tripulação, preparar contramedidas na Ataque da Maré e Serva do Zèfiro. Todos os Kor'el, manter padrão ofensivo".
A imagem tremeluziu novamente quando Lâmina da Clareza, nave de Shadowsun, foi atingida, e sua comandante cambaleou por um segundo.
"Toda energia para os geradores de escudos da proa! E cuidado com... o objeto estranho em nosso flanco".
Ela olhou para o drone mais uma vez, e o cansaço desaparecera de seus olhos, substituído pela determinação de um verdadeiro T'au Commander.
"Fim da gravação. Todas as naves, preparar para manobras Kauyon e-"
O holograma se desligara.
A bordo da Estrela Cintilante, O'yeldi'nar e Ui'vas'ka se entreolharam, então olharam para o vazio além da nave. Vazio, exceto por sua frota e pelas estações espaciais do Império T'au, vigiando este lado do Nexus Startide.
"Quando essa mensagem foi gravada?", perguntou O'yeldi'nar.
A oficial de comunicações apontou os caracteres. "Não tem como estarem errados, Comandante".
"Isso não pode estar certo. Se estivesse correto, o inimigo já estaria aqui".
"Talvez Shadowsun triunfou sobre os Gue'la?"
"Não haveria condições de deter uma frota daquela magnitude. Atrasar, sim. Derrotar? Nem mesmo Shadowsun seria capaz". O'yeldi'nar olhou preocupada para as estrelas, como se antecipasse a chegada repentina da frota pestilenta. "Considerando a extensão do Nexus, ela não teria naves suficientes para impedir todas as naves de atravessar".
"Ultimamente temos tido um aumento nas distorções do Nexus, Comandante. Talvez o inimigo tenha sido destruído durante a passagem", argumentou Ui'vas'ka, "assim como a frota da Quarta Esfera de Expansão. Ou talvez a aliança entre os Gue'la e seus associados tenha chegado a um termo... e esse tal de Nur'ghel os atacou".
"Não temos certeza de nada", disse a Comandante. "E se houver algum tipo de distorção temporal? E se o inimigo conhecer um caminho diferente através do Nexus?"
A oficial de comunicações permaneceu em silêncio.
"Temos de investigar o alerta de Shadowsun. Temos de nos preparar. Frotas não desaparecem assim", disse O'yeldi'nar.
Juntas, encararam o espaço, que permanecia perturbadoramente vazio.
O holograma mostrou uma bolha de carne apodrecida com um rosto sorridente e chifres retorcidos. A qualidade da imagem caíra. A criatura golpeou com uma lâmina enferrujada, cortando um Crisis Battlesuit pela metade. Outro Shas'ui o atacou com seus canhões, rompendo a pele da criatura, apenas para revelar uma horda de bestas menores, que escaparam e avançaram para envolver completamente o guerreiro, que gritou. O grito do Shas'ui não pareceu vir dos auto-falantes, mas ecoar por toda a ponte de comando; as luzes piscaram e o holograma desapareceu por um momento.
O grito pareceu continuar por mais algum tempo.
O'yeldi'nar e Ui'vas'ka se entreolharam, em silêncio. O mesmo acontecera quando assistiram a mensagem pela primeira vez, mas os gritos dos mortos soaram diferente desta vez. Pareciam... próximos. Nenhuma delas entendeu, não que procurassem fazê-lo.
Pouco depois, o holograma voltou a funcionar como se nada tivesse ocorrido. Mostrava uma nebulosa avermelhada, perdida entre as estrelas.
O'yeldi'nar podia ver uma nebulosa parecida além da cúpula reforçada e dos escudos iônicos da ponte de comando da Estrela Cintilante. Parecida, mas distante de onde a mensagem fora gravada - no Nexus Startide -, e a frota da Comandante Silverwing fazia parte da guarnição da Zona de Silêncio localizada bem no lado oposto. Considerando tudo que sabiam sobre o Nexus, a comandante imaginou como o drone mensageiro sobrevivera a travessia.
O holograma passou mostrar uma frota T'au, sobrevivente de vários confrontos, a julgar por seus danos e reparos improvisados.
"Não há negociação com estes Gue'la", continuou Shadowsun. "Tampouco com o resto de sua estirpe. Da mesma forma que os Gue'la do Imperium idolatram seu Imperador, estes monstros alienígenas passaram a adorar uma entidade que chamam Nurg'hel. Parece que foram vítimas de tantas doenças que desenvolveram uma bizarra resistência a todas elas, tornando-se vetores que devem ser detidos a qualquer custo".
"Nurg'hel", sussurrou Ui'vas'ka, e as luzes da ponte de comando começaram a oscilar. Sua comandante tentou ignorar.
"Nos últimos três vek'tar, nossas tropas enfrentaram este terrível inimigo diversas vezes", continuou Shadowsun. "Os guerreiros da Death Guard nos atacaram em vários frontes. São extremamente resistentes. Estamos em menor número, e sem armas adequadas".
O'yeldi'nar meneou a cabeça enquanto assistia a mensagem. Impossível. Aquilo era o reconhecimento de um inimigo superior. "Espero que esta mensagem chegue a tempo de alertar-vos"... foram as primeiras palavras de Shadowsun.
Um alerta.
"Diante disso", prosseguiu a lendária comandante. "tomei uma decisão. Não podemos deter a Death Guard deste lado do Nexus Startide. Após dezenas de batalhas, nossa frota está muito debilitada. Nossas forças se exauriram a ponto de não podermos mais deter esta ofensiva se ainda quisermos garantir a expansão do Atol Nem'yar. Fomos forçados a escolher, e escolhemos a última. Confiamos em vós, camaradas além do Nexus, para confrontar a ameaça Death Guard.
Com tais palavras, o holograma mudou para mostrar uma visão externa. Diante das profundezas do Nexus, a frota de belonaves T'au era abordada por uma armada de transportes rudimentares. Mesmo para os padrões humanos, as naves pareciam primitivas e obsoletas, mas isso não era o mais perturbador; pior do que isso eram as profusões de carne que envolviam as naves, e seus tumores esguichando substâncias purulentas pelo espaço. Grandes olhos, do tamanho de cápsulas Orca observavam tranquilamente as naves T'au cada vez mais próximas; e enormes tentáculos moviam-se como algas marinhas sob a ação das marés. O mais perturbador, entretanto, era o tamanho da frota, ultrapassando absurdamente os T'au.
"Enquanto gravo esta mensagem", disse Shadowsun, "estamos prestes a uma ofensiva final contra a maior frota inimiga". A comandante parou e checou uma série de telas. "As chances são ínfimas, mas causaremos o máximo de dano antes de rair. Irei ajudar-vos desta forma, mas não posso pôr em risco a continuidade de minha própria campanha. Mesmo agora, corro grande risto, mas é pelo Bem Maior. Mostro o que enfrentamos. O que ireis enfrentar. Pode ir contra os ensinamentos de Puretide intervir mais uma vez, mas é o mínimo que podemos-"
O holograma piscou rapidamente, e a imagem de Shadowsun ficou fora de foco. "Relatório de danos".
"Geradores de escudo comprometidos", respondeu uma voz artificial.
"Perdemos Temporal Negro e Marfim", disse outra voz.
Shadowsun fechou os os olhos por um momento, antes de retomar a gravação.
"Tenho menos tempo do que imaginava. Temos certeza de que a Death Guard vai atravessar o Nexus. Tentaremos atrasá-los o máximo possível, conquanto não podemos detê-los".
O holograma oscilou novamente, quando a nave de Shadowsun foi atingida. O'yeldi'nar perguntou-se se a comandante sobrevivera ao conflito, ou se aquelas eram suas últimas palavras.
"Espero que este drone chegue inteiro à Zona de Silêncio. E que possamos deter o inimigo tempo suficiente para que vos prepareis".
"Ataque das Marés e Serva do Zéfiro foram abordadas", reportou outra voz. "Coração da Lua informa sobre os impactos de algum tipo de... Coração da Lua, repita, por favor... algum tipo de raio de muco energizado. Vários setores da nave sofreram corrosão".
Shadowsun assentiu com a cabeça. "Coração da Lua, recuar. Tripulação, preparar contramedidas na Ataque da Maré e Serva do Zèfiro. Todos os Kor'el, manter padrão ofensivo".
A imagem tremeluziu novamente quando Lâmina da Clareza, nave de Shadowsun, foi atingida, e sua comandante cambaleou por um segundo.
"Toda energia para os geradores de escudos da proa! E cuidado com... o objeto estranho em nosso flanco".
Ela olhou para o drone mais uma vez, e o cansaço desaparecera de seus olhos, substituído pela determinação de um verdadeiro T'au Commander.
"Fim da gravação. Todas as naves, preparar para manobras Kauyon e-"
O holograma se desligara.
A bordo da Estrela Cintilante, O'yeldi'nar e Ui'vas'ka se entreolharam, então olharam para o vazio além da nave. Vazio, exceto por sua frota e pelas estações espaciais do Império T'au, vigiando este lado do Nexus Startide.
"Quando essa mensagem foi gravada?", perguntou O'yeldi'nar.
A oficial de comunicações apontou os caracteres. "Não tem como estarem errados, Comandante".
"Isso não pode estar certo. Se estivesse correto, o inimigo já estaria aqui".
"Talvez Shadowsun triunfou sobre os Gue'la?"
"Não haveria condições de deter uma frota daquela magnitude. Atrasar, sim. Derrotar? Nem mesmo Shadowsun seria capaz". O'yeldi'nar olhou preocupada para as estrelas, como se antecipasse a chegada repentina da frota pestilenta. "Considerando a extensão do Nexus, ela não teria naves suficientes para impedir todas as naves de atravessar".
"Ultimamente temos tido um aumento nas distorções do Nexus, Comandante. Talvez o inimigo tenha sido destruído durante a passagem", argumentou Ui'vas'ka, "assim como a frota da Quarta Esfera de Expansão. Ou talvez a aliança entre os Gue'la e seus associados tenha chegado a um termo... e esse tal de Nur'ghel os atacou".
"Não temos certeza de nada", disse a Comandante. "E se houver algum tipo de distorção temporal? E se o inimigo conhecer um caminho diferente através do Nexus?"
A oficial de comunicações permaneceu em silêncio.
"Temos de investigar o alerta de Shadowsun. Temos de nos preparar. Frotas não desaparecem assim", disse O'yeldi'nar.
Juntas, encararam o espaço, que permanecia perturbadoramente vazio.
Be'gel, Gue'la e Y'he são os nomes dados pelos T'au aos orks, humanos e tyranids, respectivamente.
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